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Como preparar as crianças para o regresso às aulas

 

Depois de um Verão sem horários, dias passados ao ar livre e com muita diversão à mistura, chega a hora de preparar a mochila e de regressar às aulas. De forma a facilitar esta transição, saiba o que fazer para preparar as crianças para o regresso às aulas.

 

Horários de deitar e levantar. O regresso às aulas e à rotina implica horários escolares, ou seja, as crianças já não se podem deitar e levantar às mesmas horas que o faziam durante as férias de Verão. As crianças precisam de dormir bem para terem energia suficiente para o dia-a-dia, por isso, cerca de 1 a 2 semanas antes do início das aulas, coloque em vigor o horário de deitar e levantar que as crianças normalmente praticam no tempo de aulas. Assim, quando o despertador tocar no primeiro dia de escola, elas estarão preparadas.

 

Vestuário e calçado. O regresso às aulas é ainda sinónimo do fim do Verão e do início do Outono, por isso, é necessário organizar o guarda-roupa das crianças. Antes do início do ano letivo, passe a pente fino toda a roupa e calçado da criança, incluindo uma sessão de provas, para determinar o que serve, o que não serve, o que pode ser passado ao irmão mais novo e o que precisa de ser comprado. Assim, na hora de voltar para a escola, terá tudo organizado, o que facilitará muito a rotina diária de todos.

 

Compras escolares. Começar um novo ano letivo é poder comprar algumas coisas novas, que são necessárias para o regresso às aulas: mochila e material escolar novinho em folha é sempre motivo de orgulho! Este é um ritual que as crianças adoram e pode ser uma boa forma de as animar com a proximidade do primeiro dia de aulas. Faça um inventário daquilo que a criança tem e do que precisa para o ano escolar, convide-a a ir às compras consigo (é importante levar já uma lista para não ultrapassar o orçamento e evitar birras na loja), deixando que a criança escolha um ou dois artigos do seu agrado.

 

Preparar o espaço de estudo. Com o material escolar comprado, é fundamental organizar o espaço de estudo em casa. Pode ser um recanto da cozinha com uma pequena mesa ou uma secretária instalada no quarto da criança – o importante é que exista um espaço de estudo apropriado para a criança e apetrechado com tudo o que ela precisa para brilhar no novo ano letivo. Esse também deve ser o local eleito para guardar tudo aquilo que estiver relacionado com a escola, desde a mochila e cadernos, aos documentos e livros escolares: assim saberão sempre onde encontrar tudo o que precisam.

 

Pensamentos positivos. Enquanto algumas crianças não veem a hora de voltar à escola, outras choram só de pensar no regresso às aulas. Nestes casos, e para facilitar o regresso à rotina, é importante focar os aspetos positivos do regresso às aulas: material escolar novo, roupa e calçado novo, voltar a ver os amigos, voltar a ver os professores, aprender coisas novas, regresso às atividades extracurriculares que tanto gostam…

 

Visitar a escola. Não espere pelo primeiro dia de aulas para regressar à escola com a criança – faça-o antes! As férias de Verão são muito tempo sem contacto com a escola e até mesmo com recordações da mesma, por isso, e para evitar a ansiedade que muitas crianças sentem com o regresso às aulas, visite a escola com a criança várias vezes antes do início do ano letivo. Pode passar pela escola de carro diariamente ou ir brincar para o seu parque ou espaço de recreio no final da tarde. É bom que a criança se volte a familiarizar com a escola, antes do primeiro dia de aulas.

 

Rever “velhos” amigos. Outra forma de preparar as crianças para o regresso às aulas é organizar um re-encontro com os amigos da escola – aproveite o facto de ainda ser Verão para organizar um lanche ao ar livre ou se quiser uma ideia mais divertida, porque não uma festa do pijama? Colocar as crianças em contacto umas com as outras antes do início do ano letivo será uma boa forma de não só quebrar o gelo, como entusiasmar as crianças que estão menos relutantes em voltar para a sala de aulas.

 

Rotinas familiares. O regresso às aulas significa, para muitas pessoas, o regresso à correria e ao stress do dia-a-dia. Para evitar noites e manhãs caóticas, estabeleça uma rotina, que é depois comunicada à criança. Comece por delinear aquilo que a criança deve fazer quando se levanta (ir à casa de banho, vestir-se, tomar o pequeno-almoço…); como vai para a escola ou quem a vai levar; onde vai almoçar; quem a vai buscar no fim das aulas; o que deve fazer quando chega a casa (tomar banho, vestir o pijama, fazer os trabalhos de casa, brincar, jantar, …); o que deve fazer antes de dormir (preparar a mochila para o dia seguinte, ajudar a mãe/pai a escolher a roupa para o dia seguinte, ler uma história, dormir…). As crianças funcionam melhor com rotinas e se souberem exatamente aquilo que têm para fazer, o regresso às aulas vai correr sobre rodas. Bom ano letivo!

 

In pequenada

 

 

Abaixo os avós!E já!!!

 

Os avós fazem mal ao crescimento das crianças. Porque são o melhor piquete de greve contra a sopa. Frases como: “Vá lá, deixa que o menino não coma a sopa!… Só hoje…” – contrariando o ar zangado que tinham,  noutros tempos, como pais –  –  são bem a prova que eles acreditam que as crianças só por motivos ponderosos é que se impedem de saborear os caldos e os cremes… de que tanto gostam. E atestam que há um conluio entre os avós e os netos que, quando uns fazem caretas e capricham nas “fitas”, os outros justificam que, embora as crianças compreendam que “a sopa faz bem…” elas reagem assim – contra a sua vontade!… – porque há dias em que o stress das aulas casa melhor com a gelatina ou com a mousse de chocolate…

 

Os avós fazem mal ao crescimento das crianças. Porque, por mais que repitam que as crianças devem comer de tudo, sempre que as têm ao seu cuidado perdem horas a fazer empadões e coisas caprichosas parecidas com essa. Quando as crianças almoçam com eles, o peixe parece ter feito greve, na lota. Por mais apetitoso que seja o jantar, se for preciso, as crianças acabam a comer ovos mexidos ou salsichas. E, à sobremesa, entre o pão de ló e a torta de maçã, de forma serena e “desinteressada”, acabam a recomendar aos pais – unicamente porque as crianças estão muito cansadas, “coitadinhas” – que o melhor seria que elas ficassem a dormir em casa dos avós. “Só nesta noite!…”

 

Os avós fazem mal ao crescimento das crianças. Porque são uns despesistas! Se as crianças querem um ovo da Kinder vão, quase a correr, e compram. Quando as crianças param junto a um macaco que não pára de dizer “habla comigo!!”, num impulso, tiram mais uma bola, de plástico, mesmo que a surpresa, que sai lá de dentro, ganhe, aos olhos das crianças, uns “longuíssimos” 20 segundos de glamour… E quando as crianças, ao saírem da escola, dizem: “tenho fome!” essa é a senha para que, mesmo que os netos tenham acabado de lanchar, os avós sejam levados a concluir que só o Bolycau, delicadamente, as irá conseguir aconchegar. Se as crianças, por vezes, chegam aos pais com manhas e com manias a culpa é dos avós. Afinal, quem é que, se for preciso, faz as refeições com a televisão a fazer de especiaria? Ou vai para a janela enquanto que, no vai-vem de mais uma colher de sopa, repete e repete e repete: “Aqui vai uma barquinha carregadinha  de…”?

 

Os avós fazem mal ao crescimento das crianças. Porque têm toneladas de paciência e quase nunca se esganiçam quando ralham aos seus netos. Porque lhes permitem que, não só vejam os desenhos animados (quase sempre) na sua companhia como – muito pior! – deixam que eles coloquem a cabeça no seu colo e fiquem assim, horas a fio. E sempre que as crianças trazem, da escola, trabalhos para casa – em vez do ar implacável que punham, como pais – aveludam de tal forma a ajuda que lhes dão que – Oh?!!! É magia!… – sempre que os netos os fazem ao pé de si tudo se torna rápido, fácil e sem um erro, que seja…

 

Os avós fazem mal ao crescimento das crianças. Porque as adormecem e lhes contam histórias. Porque dormem com elas as vezes que forem precisas. E as acordam, cheios de doçura, sem o toque a despertar de todos os dias (através do “São horas!”, com que os pais lhes conseguem estragar a paciência antes, ainda, de as acordarem). Como ainda lhes levam leite, cereais e “pãozinho” à cama, enquanto passam com a mão nos caracóis dos netos e, indiferentes à concorrência desleal que fazem aos pais, contam as mesmas histórias de todos os dias.

 

Os avós fazem mal ao crescimento das crianças. Porque acarinham as asneiras, fazem de força de bloqueio às regras dos pais e, sem que abram a boca, lhes sussurram, com meia dúzia de gestos: “Filho, eu encolhi os castigos!”. E porque fazem de governo-sombra, sempre que os pais estão num dia mau e, à boleia de mais um “a partir de hoje!…”, tentam pôr regras onde, antes, havia, sobretudo, uma democracia feita de “algodão doce”.

 

Os avós fazem mal ao crescimento das crianças. Porque sorriem, sempre que as vão buscar à escola. E sorriem, quando elas, com o embaraço dum batoteiro, dizem que não têm trabalhos de casa. E sorriem quando repetem lengalengas. E sorriem quando contam histórias, e quando fazem truques e magias. E sorriem quando elas estão com os nervos em franja. Sorriem, sorriem tanto, que até irrita. Aliás, se as crianças fazem birras, depois de um fim de semana com os avós, não é tanto para perceberem quem manda mais, quando os pais e os avós estão uns ao pé dos outros. É que, sempre que os avós afiançam que as crianças se portaram de forma exemplar, os pais perdem o sorriso e ficam com tamanho ar de contrafação que, por momentos, elas chegam a temer que o tempo de fadas-madrinha esteja a chegar ao fim e que, ao voltarem a casa, só sobem a Cruela e o Capitão Gancho…

 

Os avós fazem mal ao crescimento das crianças. Porque se vingam do tempo que não tiveram, enquanto pais, e parecem estar, agora, eternamente disponíveis. Porque permitem aos netos aquilo que nunca permitiram aos filhos. Porque perderam em austeridade tudo aquilo que ganharam em bondade. Porque tocam e porque abraçam os netos dez vezes mais (ou dez vez melhor) se compararmos os seus mimos para com os filhos. Porque amam de forma tão generosa, tão transparente e tão bonita que fazem com que os pais se enterneçam antes, ainda, de se indignarem, como filhos. E porque são, muitas vezes, mais sensatos e mais sábios que os próprios pais.

 

Os avós fazem mal ao crescimento das crianças. Porque as tratam por “minha querida” ou por “meu amor” e esse tom açucarado torna-se um vício. E tornam-nas raras, quando elas são, simplesmente… netas, é claro. E fazem-nas sentir o melhor do mundo para alguém – duma forma tão especial e tão preciosa – que, num dia destes, sempre que estiverem com os avós, as crianças ainda acreditam que é Natal.

 

Por tudo isto, os avós são perigosos para os pais. Porque os obrigam a ser mais amorosos, mais justos e mais atentos. E a ser pacientes e a sorrir. E os intimam a escutar com o coração. E a ser firmes, sábios mas serenos. E a ser bondosos, sempre, claro. Por tudo isto, os avós são uma ameaça para os pais. Sendo assim, pais de todo o mundo, uni-vos. E gritai: “Abaixo os avós. E já!”

 

Escrito por Eduardo Sá, psicólogo

Fonte: Pais&Filhos

 

 

 

Adolescentes e Redes Sociais

 

A maioria dos adolescentes tem pelo menos uma conta em algum tipo de rede social. As redes mais populares são o Facebook e o Twitter, mas novos tipos de redes sociais continuam a surgir e algumas como o Instagram ou o Pinterest começam a ganhar bastantes adeptos. A importância das redes sociais na cultura adolescente é cada vez maior e estas fazem parte integrante do seu estilo de vida. Mais do que na era do conhecimento, vivemos na era da comunicação digital, do acesso imediato à informação contínua.

Com toda esta troca de informação, muita dela pessoal, levantam-se questões de privacidade, segurança e abuso. Uma grande maioria dos utilizadores das redes sociais nunca experimentou problemas de segurança graves no seu uso, mas os riscos potencialmente existem e qualquer um pode ser um alvo. É importante conhecê-los, saber como neutralizá-los e aumentar assim a segurança na utilização de uma rede social.


Privacidade

Usar as configurações de privacidade. A maioria das redes sociais tem ajustes que permitem ao utilizador controlar quem pode ver a conta e o modo como pode fazê-lo. Os adolescentes devem limitar o acesso à sua informação pessoal através das configurações de privacidade para que apenas os amigos ou pessoas que eles conhecem bem possam ver o que eles publicam.


Segurança da conta

Não usar a mesma senha para várias contas ou usar senhas fáceis de adivinhar, um hacker irá tentar a mesma senha em outras contas para ter acesso. Ler as condições de utilização é muito importante, podemos estar, sem saber, a dar autorização para que a nossa informação seja utilizada por terceiros.

Os cuidados a ter com o computador em geral são também importantes para a segurança de uma conta nas redes sociais: uso de antivírus, um programa antispyware e uma firewall atualizados; só fazer download de arquivos ou software a partir de sites que foram verificados por fontes confiáveis; não aceder a usar o cartão de crédito (por exemplo, a compra de vidas extra em jogos das redes sociais) em aquisições dentro das redes sociais sem estar dentro de uma ligação https:// e sem ter a garantia de que é um processo confiável; nunca abra anexos de mensagens enviadas por estranhos.

Cyberbullying

As redes sociais são muitas vezes utilizadas como meio para intimidação online. O agressor conhece (pessoalmente ou não) a pessoa que está a assediar e sua finalidade é prejudicá-la através de palavras ou imagens. È importante saber como reagir em caso de cyberbullying:

É importante que o adolescente possa confiar nos pais e/ou professores, em especial se o agressor está relacionado com o ambiente escolar e assim se possa desenvolver uma resposta adequada.

Em caso de assédio devem-se filtrar o correio eletrónico, as mensagens instantâneas e mensagens de texto que possibilitem o contato. Se o assédio mesmo assim continuar, então deve ser guardada toda a informação que pode servir de prova para aplicação da lei contra assédio. Como?

  • Copiar/ reunir todas as páginas, mensagens de assédio e publicações.

  • Falar do assunto aos responsáveis dos locais onde agressor e vítima participam em comum (seja virtual ou físico).

  • Pedir aos prestadores de serviços de Internet (ISPs) que acompanhem um endereço IP e informações de contato offline, incluindo fora de horas, após denúncia de assédio.

  • Entrar em contacto com a polícia local se a situação não for resolvida pelos procedimentos anteriores. Para isto convém ter o maior número de informação recolhida possível para documentar a denúncia.

É importante não esquecer que as redes sociais e a Internet são importantes veículos de comunicação e informação. Nós e os nossos adolescentes podemos contar com eles para comunicação, trabalhos escolares e entretenimento. Em si mesmo não são ferramentas muito úteis com riscos associados que estão ligados ao modo como as utilizamos. Assim, nós podemos proteger-nos evitando alguns erros como não publicar material inadequado que nos coloque numa posição vulnerável. Os adolescentes precisam estar cientes de que o uso do bom senso na utilização da Internet e, em particular das redes sociais, é a melhor ferramenta de segurança que podem por em prática.

 

In Internetsegura

 

 

 

 

O meu filho é daltónico?

 

 

A discromatopsia, mais conhecida como daltonismo, é uma perturbação da visão que afecta a forma como as pessoas vêem e distinguem as cores: desde a troca de cores, à dificuldade de distinção entre as mesmas, passando ainda pela visão acromática. Embora não seja uma doença ou uma condição limitativa, é importante saber o que é o daltonismo e como diagnosticá-lo, para saber viver num mundo menos colorido.

 

 

O que é?

 

 

O daltonismo foi descoberto em 1794 e estudado intensamente por John Dalton, um físico e químico inglês que era ele próprio daltónico. Por norma, esta é uma condição genética, no entanto, também pode ser o resultado de uma lesão ocular ou de origem neurológica. Geneticamente, esta perturbação está mais associada ao sexo masculino do que ao feminino, sendo que cerca de 8% a 10% dos homens são daltónicos e há apenas uma rapariga daltónica para cada dez rapazes.

 

Como é que os daltónicos vêem?

 

Os nossos olhos contêm dois tipos de células – os cones e os bastonetes – que são os responsáveis pela transformação da luz em impulsos eléctricos, o que nos permite identificar as cores. Os cones têm um papel fundamental, não só porque são responsáveis pela visão diurna e pela distinção das diferentes cores; mas principalmente porque existem três tipos de cones que correspondem precisamente às três cores primárias (vermelho, azul, verde) e às suas variações. Quem é daltónico, ou não possui estes cones ou então foram alterados, devido a algum tipo de lesão.

 

 

Como é diagnosticado?

 

 

Uma vez que a perturbação da visão é, efectivamente, muito diminuta, a maior parte dos daltónicos nem sequer sabe que o é… por isso mesmo, é importante estar atento aos sinais. No caso das crianças, é fácil perceber se têm dificuldades em aprender e distinguir as cores, basta observar uma actividade tão simples como a de colorir desenhos. O teste mais utilizado para determinar se alguém é ou não daltónico, é o teste de Ishihara – todos nós o conhecemos e é composto por diversos cartões que contêm círculos de vários tamanhos e cores; no centro desses círculos encontram-se números que apenas são identificáveis por alguém que não seja daltónico, ou seja, que tenha uma excelente percepção das cores. Para testar as crianças mais novas, os números são substituídos por desenhos ou figuras geométricas. Para esclarecer, de imediato, qualquer dúvida, o teste de Ishihara está disponível online nos sites Color Vision Testing e Toledo Bend, por exemplo. No entanto, esse diagnóstico virtual não dispensa uma visita ao oftalmologista: se tiver dúvidas, marque uma consulta.

 

 

Tipos de daltonismo

 

 

Num caso mais sério e bastante raro, a criança vê o seu mundo a preto, branco e cinzento (visão acromática); nos casos mais comuns, os daltónicos vêem todas as cores, apenas não com toda a sua vivacidade; ou então apresentam uma maior dificuldade na percepção das cores que se situam entre o verde e o vermelho da roda das cores, distinguindo na perfeição todas as outras. Estes são os 3 tipos de daltonismo mais comuns:

  • Protanomalia: dificuldade em distinguir a cor vermelha.

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  • Deuteranomalia: dificuldade em distinguir as cores que se situam entre o verde e o vermelho; representa mais de metade das pessoas daltónicas.

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  • Tritanomalia: dificuldade em distinguir as cores que se situam entre o azul e o amarelo; este é um dos cenários mais raros, mas que pode ainda ser agravado se o daltónico não conseguir ver o azul (tritanotopia), o vermelho (protanotopia) ou o verde (teranotopia).

 

Uma vida normal, apesar das limitações

 

 

Apesar de não ser uma doença, nem algo à qual a criança terá de se habituar – se não conhece as cores, não sentirá a sua falta – é, no entanto, a sua forma de ver e de estar na vida. Porém, podem surgir algumas dificuldades na escola: imagens, gráficos e tabelas podem ser difíceis de compreender, o uso do computador pode ser complicado quando são utilizadas muitas cores distintas; e mesmo as outras crianças podem aproveitar a situação para “troçar” da criança. Por isso mesmo, é importante que os pais de crianças daltónicas informem o professor no início de cada ano lectivo – mas podem estar sossegados porque em termos de aprendizagem, as crianças daltónicas não são diferentes das outras. Num futuro mais longínquo, há que considerar as limitações profissionais: quem é daltónico não pode, por razões óbvias, seguir carreiras como polícia, bombeiro, piloto, electricista…

 

Sabia que…

  • A maioria dos daltónicos não sabe que possui esta perturbação da visão

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  • Para os daltónicos, o arco-íris não possui 7 cores, mas sim 2 ou 3 (azul, amarelo, verde)

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  • Devido à sua vivacidade, o azul ou o roxo são, por norma, as cores preferidas das pessoas com daltonismo

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  • Regra geral, os daltónicos vêem aproximadamente 500 a 800 cores

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  • Mesmo entre os daltónicos, a percepção das cores varia muito

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  • Os daltónicos identificam mais tonalidades de violeta do que as pessoas com visão normal

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  • As pessoas com daltonismo têm uma visão nocturna muito superior à de uma pessoa com visão normal

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  • O pintor Vincent van Gogh era daltónico

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  • Durante a 2ª Guerra Mundial, eram os soldados daltónicos que melhor conseguiam detectar homens camuflados na mata

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  • A ocorrência de daltonismo é maior entre os descendentes de Europeus

 

In Pequenada

 

 

 

 

A Magia dos Animais

 

Os benefícios sociais e físicos do convívio com os animais são tantos que até parece magia.

 

Todos os dias, sempre à mesma hora, o Dandy vai acordar a Mariana. Pula para cima da cama, lambe-a e a primeira coisa que ela faz, ainda com os olhos fechados, é pôr o gato debaixo do braço e abraçá-lo. «Os dois ficam ali num namoro demorado e só quando acabam é que eu posso chegar perto», revela a mãe, Sofia Gaudêncio. E reconhece: «O nosso gato ocupa um lugar especialíssimo na vida da minha filha, um lugar que não pertence a mais ninguém!»

Histórias como a da Mariana e do seu gato repetem-se em muitas casas, que optam por receber de braços abertos mais um elemento para a família. A maioria das vezes são as próprias crianças que pedem, com uma insistência e persuasão tais, que os pais não resistem. Os benefícios reúnem o acordo de pediatras e veterinários. «Ter um animal de estimação em casa faz com que as nossas crianças vivam e cresçam mais felizes, promovendo a comunicação com o mundo que as rodeia, facilitando a interacção social e estimulando o seu desenvolvimento psicossocial», defende Dária Rezende, pediatra no Hospital de São Marcos, em Braga. E destaca até vantagens ao nível físico: «São companheiros incansáveis de brincadeira, quer ao ar livre, quer dentro de casa, tirando as crianças da frente dos computadores, consolas e televisões.

Para além disso, o contacto com animais ajuda a relaxar e a diminuir os índices de ansiedade. Segundo alguns estudos, contribui inclusivamente para diminuir os valores da tensão arterial, os níveis de colesterol e triglicerídeos, melhorando os indicadores de stresse a nível cardiovascular».

 

Terapeutas silenciosos

 

A sua dedicação e permanente disponibilidade transformam-nos em amigos incondicionais. «Os animais são companheiros e ouvintes, com quem se pode desabafar problemas, medos e preocupações sem recear qualquer crítica ou censura. Por vezes, ajudam até a criança ou adolescente a superar fases mais difíceis da vida. São verdadeiros terapeutas silenciosos», considera Dária Rezende. Sofia, a mãe da Mariana, reconhece que no seu caso isso aconteceu. Após a separação dos pais, «apanhei-a em várias conversas com o gato. É uma espécie de confidente e as suas lambidelas, cada vez que alguma lagriminha caía, confortavam-na de uma maneira muito especial».

Além disso, os animais de estimação também ajudam a criança a preparar-se emocionalmente para as situações da vida, pois confrontam-na, de uma forma acelerada, com as suas principais fases: nascer, crescer, adoecer, sofrer acidentes, até morrer. Nesta convivência saudável e necessária, surgem novas perguntas e conhecimentos. Cristina Fernandes é mãe e veterinária e testemunha estas questões com a sua filha Sara, de dois anos e meio: «Ela já assistiu à gravidez de uma cadela e já sabe que o bebé cresce dentro da barriga, que depois nasce e mama. A minha sogra tem mais seis netos e diz que a Sara é muito precoce em saber, por exemplo, que a avó é a mãe da mãe. E eu acho que ela tem noção desta ‘hierarquia familiar’ por assistir rapidamente a essa evolução com os animais com que convive na quinta da minha mãe».

Dária Rezende conta-nos também uma história que a comoveu, na sua experiência hospitalar: «Era uma menina de sete anos que tinha uma cadela, que encontrou na rua, após ter sido atropelada. Ela acompanhou todo o tratamento da cadela e todas as idas ao veterinário. A cadela recuperou na totalidade e tornou-se a sua melhor amiga. Um dia, a menina teve de ser hospitalizada e encarou todas as intervenções (nomeadamente punções venosas e injecções) de forma estóica, lembrando-se sempre de todo o processo médico que tinha acompanhado com o seu animal de estimação. Até tinha a fotografia da cadela junto à cama, para matar saudades enquanto estivessem separadas e para que a sua amiga visse como ela era forte».

Decisão bem ponderada

A lista de benefícios continua. O convívio com os animais promove a comunicação entre adultos e crianças, desenvolve as noções de respeito e dedicação, estimula a autonomia e responsabilidade, favorece a afectividade e aumenta a auto-estima. Mas não nos podemos esquecer que ter um animal de estimação é uma decisão para a vida, como alerta Cristina Fernandes: «Muitas vezes, as pessoas não pensam na grande responsabilidade que é acolher um animal em casa. É como se fosse mais um brinquedo que compram para a criança para lhe agradarem naquela semana e que, depois de ser novidade, deixa de ter interesse». Apesar de estimar-se que quase metade dos lares portugueses tenham um animal de estimação (o dobro da média europeia), a taxa de abandono é muito grande e tem vindo a crescer. Embora sem números oficiais, Miguel Moutinho, presidente da associação Animal, em declarações à Lusa, considera que «se admitirmos que, em média, 500 animais (números conservadores) são abandonados em cada um dos 308 concelhos, estamos a falar de 150 mil por ano».

Perguntámos, então, a Jorge Ribeiro, médico veterinário no Núcleo de Medicina e Cirurgia de Animais de Companhia do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (Universidade do Porto), o que é que as famílias com crianças devem ter em conta ao adoptar um animal de estimação. «Fundamentalmente têm de gostar de animais. Se isso acontecer, é fácil serem conquistadas pelo amor que eles demonstram diariamente». E continua: «Têm de ter em conta o espaço físico que possuem e o tempo que a família poderá dedicar ao animal». Além disto, é muito importante informar-se previamente sobre as características, hábitos e necessidades da raça escolhida. Precisa de ser levado a passear todos os dias? Qual a frequência dos banhos? Qual a sua esperança média de vida? Qual o tamanho com que ficará na idade adulta? Podem parecer pormenores, mas são informações essenciais para tomar uma decisão.

As despesas são também um aspecto que terá que prever, não só as de aquisição, como as relativas a vacinas, desparatizações e alimentação. Para Jorge Ribeiro, a divisão de tarefas é também essencial: «Se as crianças forem incluídas nas actividades a que um animal obriga, o trabalho fica mais leve para todos e bem mais divertido. Elas podem, e devem, ser envolvidas desde cedo nos passeios, alimentação e higiene dos seus animais. Devem ser responsabilidades partilhadas com os pais até que estes considerem que as crianças já atingiram a maturidade suficiente para as fazerem sozinhas».

 

Mãe, podemos ter um cão?

 

Os pedidos por parte das crianças começam com mais insistência a partir dos quatro, cinco anos e os eleitos são os cães, gatos, coelhos e, por vezes, hamsters e tartarugas. Segundo Dária Rezende, perante estes pedidos, os principais medos dos pais são a transmissão de doenças, as alergias e os acidentes. Mas esclarece: «A transmissão de doenças é minimizada se o animal de estimação for visto periodicamente pelo veterinário e fizer as desparatizações e vacinações necessárias. Também é importante os adultos insistirem na lavagem das mãos pelas crianças após terem contactado com os animais. Quanto às alergias, segundo estudos mais recentes, a exposição precoce da criança a animais diminui a probabilidade de virem a sofrer de alergias. Inclusivamente, acredita-se que a exposição da mãe a animais de companhia durante a gravidez pode ser relacionada com uma maior resistência imunitária do bebé e menor probabilidade de este vir a sofrer de asma».

Cristina Fernandes recorda-se de alguma insegurança inicial: «O meu marido, embora também sendo veterinário, sempre teve algum receio da Sara andar desde muito pequena no meio de tantos animais. Como já tínhamos um gato em casa quando ela nasceu, perguntámos logo ao pediatra a sua opinião. A resposta não nos podia ter deixado mais descansados.Ele disse: «Só há benefícios». Sofia Gaudêncio é da mesma opinião. Fazendo um balanço destes dois anos da presença em sua casa do gato Dandy, não hesita: «Claramente é uma experiência que aconselho a todos os pais. Tem sido uma grande mais-valia nas nossas vidas!»

 

In Pais e Filhos

 

 

 

 

A depressão das crianças

 

É verdade que as dificuldades apuram, muitas vezes, o engenho. Não tanto porque o sofrimento que elas não deixam de trazer seja recomendável mas, antes, porque quando a dor não é nem excessivamente aguda nem extensa em demasia acaba por mobilizar os recursos saudáveis que temos ao nosso dispor. É claro que nunca há males que vêm por bem! E é verdade que uma formulação como essa tem qualquer coisa de triunfal que acaba por ser um bocadinho batoteira. Em primeiro lugar, porque a sabedoria nos ajuda a compreender, por antecipação, os perigos que nos ameaçam, levando a que os evitemos. E, em segundo lugar, porque sempre que agradecemos as dores menos os aproveitamos com a humildade de quem vê nelas uma oportunidade para aprender. Seja como for, também para muitos pais, os males do seu crescimento nunca terão vindo por bem. Mas sem eles, muito provavelmente, nunca teriam reunido as competências com que a “escola da vida” lhes deu garra e perseverança, e os terá ajudado a ser acutilantes e afoitos para se tornarem mais guerreiros, mais aventureiros e vencedores.

Se é verdade que a vida nunca é cor de rosa para ninguém é de esperar que, apesar disso, todos os pais queiram poupar aos filhos as experiências mais cinzentas do seu crescimento, por mais que elas possam ter dado um empurrãozinho fundamental para que eles sejam, hoje, como são. Mas, sendo assim, o grande desafio de todos os pais passa por não deixarem de dar colo, por não deixarem de proteger os filhos (nomeadamente, protegê-los das dores mais preponderantes da sua própria infância) e, ao mesmo tempo, por lhes criarem as condições para que eles desenvolvam competências para o insucesso sem as quais talvez não se conquiste nem a autonomia nem a robustez que os tornem fortes e audazes. Por outras palavras: como se pode conquistar aquilo que algumas dores trarão sem que se tenha de sofrer com elas? Será esta, provavelmente, a quadratura do círculo que torna a educação dum filho desafiante e complexa. E a pergunta que fica será: como é que isso se faz? Com regras claras, com um permanente incentivo à autonomia e com uma relação mais verdadeira com os insucessos, por exemplo.

Esta ideia tão protetora que os pais acabam por ter em relação ao crescimento das crianças é compreensível. E ajuda-nos a perceber que, se as protegem quase demais, talvez eles tenham tido muito mais experiências infantis de sofrimento do que as suas dores declaradas levariam a supor (e que não terão sido, todas elas, compostas por acontecimentos com um formato XXL de dor, mas que talvez tivessem a ver com incidentes, mal-entendidos, falhas e omissões dos seus pais que eles próprios não terão valorizado). Mas onde nos leva este ideal tão anti-depressivo de crescimento? Será razoável para o crescimento duma criança? E, por mais que a aspiração dos pais nos toque a todos, pode uma criança crescer à margem dos riscos ou das dores? E será que quanto mais as protegemos da dor mais as tornamos felizes? Receio que não. Voltemos à “fórmula” anterior: a mim parece-me que quanto mais somos omissos nas regras (e esquecemos que os pais bonzinhos são pais suficientemente maus), quanto mais condescendemos com a falta de autonomia das crianças (a que os pais chamam preguiça, como se fosse ela um “defeito de fabrico”), e quanto mais pomos “pó de arroz” nos seus erros e nas suas falhas (como se qualquer dor mais parecesse um traumatismo) mais acabamos a criar condições para que as crianças se deprimam. Porquê? Porque apesar de lhes darmos recursos fantásticos para o seu crescimento, talvez as poupemos às oportunidades de, com pequenas dores, elas os lapidarem e desenvolverem. Chegamos, assim, a um dilema: por falta de “dores do crescimento”, talvez não deixemos de lhes criar uma “imunodeficiência adquirida” à dor. E − sim! − em vez de as tornarmos robustas, ajudamos, mais do que seria o nosso desejo, para que se tornem frágeis. Mas − que isso fique claro − isso deve-se mais à ideia de que os bons pais nuÉ verdade que as crianças


Mas será que a fragilidade das crianças é uma fatalidade, como se elas estivessem condenadas a estar tristes? Claro que não! E é aqui que nos devemos centrar: por mais que erremos, muitas vezes, como pais, as crianças só parecem... crianças, em relação a tudo aquilo que se passa nas suas vidas, não tanto porque vivam distraídas mas, antes, porque os recursos saudáveis que os pais lhes vão fornecendo as torna autênticos “todo-o-terreno”. Não digo que sejam invulneráveis ao sofrimento. Mas que, apesar das nossas falhas, elas não se partem. Mais: os erros dos pais são, até, o sal do crescimento das crianças.

Mas, se é assim, porque é que se fala, como nunca se falou, da depressão das crianças? É verdade que todos os anos se registam muitos milhares de novos casos psiquiátricos de depressão nas crianças? E que isso se deva ou ao número de divórcios, ou à falta de famílias alargadas ou ao consumo de videojogos, como há quem afirme? Tentamos ir, de novo, pela sensatez. Não é verdade que hoje as crianças se deprimam mais! O que se passa é que a abordagem psiquiátrica do sofrimento das crianças, isso sim, tem ganho a preponderância que, felizmente, noutros tempos não existia. E, com mais rigor, que a medicalizacao psiquiátrica das crianças tem manifestado saltos exuberantes que parecem não merecer ponderação e que a hospitalização psiquiátrica de crianças começa a merecer uma aragem cada vez mais assustadora. Como se, hoje, o sofrimento das crianças existisse como uma realidade surpreendente e enigmática (quase ao nível duma epidemia atípica), sem que se meçam as consequências que a dor depressiva foi tendo em todas nas gerações dos seus avós e dos seus pais, por exemplo, e que fez com que muito deles a expressassem por perturbações de comportamento gravíssimas e por inibições cognitivas terríveis (o que levou, por exemplo, ao longo dos anos, a presumir-me que havia crianças inteligentes e crianças burras, sem nunca se perguntar em que medida as dores que elas iam enquistando não terão representado uma verdadeira “força de bloqueio” para as competências afetivas e cognitivas que não deixavam de ter).

Por outras palavras: é verdade que há muitas crianças que se deprimem; é verdade que os pais são, hoje, mais competentes como pais do que as suas próprias famílias terão sido (e, por isso, há menos crianças a deprimir, e menos haveria se os pais tivessem menos medo de ser pais e mais escutassem quem os ajude a sê-lo); é verdade que os pais são os verdadeiros anti-depressivos dos filhos (mas não deixa de ser verdade que as famílias mais alargadas de antigamente, por mais que fossem preciosas, não resolviam a dor depressiva da omissão e dos maus tratos de muitos pais, muito mais graves do que aqueles que observamos hoje); e é verdade que as crianças se estragariam menos se trabalhassem menos e vivessem com menos stresse e com menos compromissos (e que, até nisso, os pais podem dar uma ajudinha preciosa). Mas, apesar disso, deixem-nas em paz! E lembrem a quem fala da depressão como um perigo que se cura com gotinhas que a tristeza é um formidável anti-depressivo. Não a tristeza crónica, claro. Mas aquela que todas as pessoas de coração grande, de sangue quente e de sensibilidade à flor da pele não deixam de ter. A tristeza que precisa de ser falada, e a que precisa do corpo, em silêncio, de quem gosta de nós, bem perto do nosso (por dez minutos, que seja). A tristeza que resulta de tantas pequenas-coisas dum dia-não que, quando se vai para a descrever, dá um jeito precioso que haja quem nos sinta em si e que fale por nós.

Querem, então, filhos capazes de estar tristes e menos deprimidos? Deixem, por favor, de ser pais assustadiços. Façam deles filhos únicos, por meia hora, todos os dias. Nunca comecem todas as conversas, em que vão à procura de os conhecer melhor, com um novo “como foi a escola?”! Deixem-nas brincar, deixem-nas correr, deixem-nas sujar-se, deixem-nas falar e deixem-nas fantasiar! Obriguem-nas a ser crianças em vez de as quererem como jovens tecnocratas de sucesso. Deixem-nas errar e zanguem-se sempre que elas façam de “certinhas”. Lembrem-se do jeito que teria dado terem tido pais a lembrarem-se da sua própria infância quando falam com os filhos. Sintam-nos, primeiro; e imaginem-nos, depois. E arrisquem (arrisquem!) nos palpites que tenham acerca do que se passa com as crianças quando se trata de falar. Mas falem, por favor! E, já agora, nunca se esqueçam: se há aspetos preocupantes na vida das crianças o maior de todos será o lado medricas (e depressivo, até) de muitos pais.

Eduardo Sá, in Pais e Filhos

 

 

6 formas divertidas de praticar exercício físico com as crianças

 

Não há melhor maneira de praticar exercício físico do que com a família, em clima de diversão. No entanto, é cada vez mais normal as crianças “fugirem” deste tipo de atividade, quando têm ao seu dispor tanta oferta tecnológica como a televisão, o computador e até as consolas de jogos. Porém, está provado que o desporto é essencial para o bom desenvolvimento das crianças, estimulando a coordenação motora, o combate à obesidade e até mesmo o processamento intelectual. Por isso, se tem filhos e lhes quer incutir o amor pelo desporto, experimente as seguintes sugestões e divirtam-se!

 

1. Leve adereços para o parque infantil

A maioria das crianças gosta de ir ao parque, onde normalmente se deliciam com os escorregas e os baloiços. Aproveite esse momento para estimular um pouco mais o exercício físico: se levar uma bola de futebol ou uma corda de saltar, poderão praticar outras atividades ao ar livre que juntará adultos e crianças em verdadeiras provas desportivas. Jogar à macaca ou levar um papagaio são outras atividades que juntam diversão com exercício físico… e a pequenada vai adorar!

 

2. Dê a volta ao bairro… sobre duas rodas

Andar de bicicleta é uma excelente atividade física que pode ser feita em família. Para motivar os seus filhos para um passeio mais estimulante, crie um “bicla paper” – faça um roteiro dos locais onde devem passar, no vosso bairro, e atribua pontos a quem os descobrir mais depressa. Tanto pode ser a farmácia, como um museu ou até o café onde vão todos os dias. O objetivo é precisamente premiar quem, sobre duas rodas, identificar mais depressa os espaços que fazem parte do vosso itinerário.

 

3. Explore a natureza

Se convidar a pequenada para uma caminhada, de certeza que a resposta não vai ser de entusiasmo. Como em quase todas as localidades, existem descampados ou trilhos no meio de vegetação, por isso, desafie os mais novos a caminhar por lá, com a missão de descobrirem coisas novas: desde pedras, a folhas com formatos exóticos, animais e aves raras ou até mesmo a moeda que, por lapso, alguém lá deixou cair!

 

4. Visitem a piscina municipal

As piscinas municipais, normalmente cobertas e abertas durante todo o ano, são uma excelente alternativa para quem gosta de desportos náuticos: sobretudo para as crianças. Por isso, aproveite uma manhã ou uma tarde livre para levar os miúdos à piscina e organize jogos e provas de natação. Quem der mais braçadas ou nadar durante mais tempo poderá ainda ter direito a um prémio. Nem que seja a decidir a ementa do jantar! Esta atividade física é especialmente indicada para o Inverno e no Verão podem trocar por uma piscina ao ar livre!

5. “Vamos correr com o Bobby?”

Correr na areia é dos melhores exercícios para o corpo e para as pernas, em particular. Mas, claro que esta atividade nem sempre é de especial interesse dos mais novos. Então, caso tenho um cão como animal de estimação, convide as crianças para levarem o cão a passear e correr na praia – a animação e a correria é garantida para todos… até para o Bobby!

 

6. Renda-se às tecnologias

Esgotados os exercícios físicos fora de casa ou no caso de o tempo não permitir desporto ao ar livre, é chegada a hora de se render às tecnologias. Os seus filhos são viciados em consolas de jogos? Então sugira que, em família, se divirtam com alguns dos inúmeros jogos de atividades físicas existentes no mercado, caso da Wii ou da Kinect. As possibilidades são tão vastas que, no espaço de uma hora, tanto poderão simular natação no Mar Nego quanto ski na Serra Nevada ou uma partida de ténis ou bowling!

O exercício físico, sabendo-se essencial para qualquer pessoa, deve ser incutido às crianças desde tenra idade. Mas, como tudo na vida, é normal que, pelo menos nas primeiras vezes, a reação da pequenada não seja de especial motivação. Por isso, use e abuse da criatividade para os convencer a praticar exercício físico – mesmo que seja a brincar. Afinal, todos já ouvimos dizer que as melhores coisas da vida são feitas com um sorriso nos lábios!

in Pequenada

 

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