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Desenvolvimento da Criança: primeiros anos de vida

 

Considerando que as proposições nucleares do desenvolvimento remetem para o esforço de compreender o ser humano em todos os seus aspetos (biológico, cognitivo, emocional e social), pressupõe-se que este, sobretudo enquanto criança, se envolve de forma sistemática e adaptativa, aprendendo, modificando-se e  evoluindo do simples para  o complexo, do geral para o específico e do sensório-motor para ooperatório através da integração de múltiplas informações.

 

A primeira infância parece ser o período mais rico do desenvolvimento, não deixando, contudo de ser igualmente crítico. É, por isso, essencial compreender que a maturação e o desenvolvimento da criança pressupõem um processo contínuo e avassalador de mudanças.

 

O papel desempenhado pelos pais assume-se de crucial e incontornável importância, sobretudo no que respeita à estimulação das capacidades de processamento de informação e acompanhamento/ envolvimento nas brincadeiras e tentativas iniciadas pela criança. Os adultos que acompanham a criança, quando se envolvem com ela, consolidam as atividades e facilitam a sua compreensão. É através desta intervenção que muitas vezes se ensinam ou promovem comportamentos, competências, conhecimentos e valores relativos à cultura, fundamentais a um desenvolvimentoharmonioso, relações sociais amistosas, aquisições linguísticas importantes…

 

As (inter) ações com pessoas ou objetos fortalecem e exercitam as sinapses (conexões cerebrais) que serão utilizadas o resto da vida. Deste modo, as experiências, positivas ou negativas, pelas quais as crianças passam influenciam o modo como o cérebro se irá programar na idade adulta.

 

Independentemente de todas as crianças atravessarem os processos de aprendizagem e crescimento, o  ritmo  de  desenvolvimento varia. Apesar de progredirem, normalmente, através da mesma sequência geral de desenvolvimento, há um leque muito alargado de diferenças individuais normais.

 

Na verdade, cada criança, sendo uma criança como as outras crianças, não deixa, por esse motivo, de ser única em muitos aspetos. As diferençase mudanças reveladas pelas crianças parecem estar associadas à maturação do corpo e do cérebro, espelhando, assim, uma manifestação natural (e geneticamente estabelecida) de mutações físicas e padrões de comportamento, incluindo a propensão para o alcance e domínio de novas capacidades ou, por outro lado, para manifestar “comportamentos-problema”.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Nota: Com base na Dissertação de Mestrado em Ativação do Desenvolvimento Psicológico, Univ. Aveiro

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